Engenharia Civil

A construção civil no Brasil é, por vezes, nociva ao meio ambiente, principalmente quando se trata do uso dos recursos minerais. Na maioria das vezes, a exploração destes recursos deixa uma marca indelével, como por exemplo, quando se extrai calcário e argila para fabricação do cimento. Para produzir o concreto, além do cimento é necessário também o uso de agregados miúdos e graúdos, deteriorando mais ainda recursos sabidamente finitos. No entanto, os profissionais da área têm buscado amenizar essa situação a partir de estudos, testes, análises e pesquisas para o reaproveitamento de resíduos gerados pela construção civil em todos seus processos, ou seja, desde a extração das matérias-primas até a obtenção do concreto. Uma das etapas geradora de resíduos é a extração do arenito Botucatu, que na construção civil, por exemplo, pode ser utilizado como blocos para alicerce, lajes e revestimento, o qual, muitas vezes é descartado no próprio ambiente de onde foi extraído. Em outras circunstâncias, pode ser descartado também em leitos de rios, nascentes e outros locais impróprios, causando degradação ao meio ambiente. Em relação ao concreto autoadensável que é composto pelos mesmos materiais que o concreto convencional, tem como definição ser um concreto que é capaz de fluir sob seu peso próprio, passar por qualquer obstáculo que encontrar no seu caminho, sem ocorrer à segregação da mistura, durante o transporte, lançamento e acabamento. Com a finalidade de minimizar os danos causados por esses resíduos, este trabalho tem como objetivo o estudo da substituição total ou parcial do agregado miúdo pelo resíduo de arenito Botucatu no traço 1:2,57:2,61 do concreto autoadensável. Como objetivos específicos, avaliar, no estado endurecido, características de desempenho mecânico através de ensaios a serem realizados em laboratório verificando a absorção da água, resistência a compressão e resistência a tração por compressão diametral.