Arquitetura e Urbanismo

O processo de urbanização das cidades foi responsável por grandes transformações na sociedade. O crescimento acelerado desencadeou uma série de problemas sociais. Entre as questões mais marcantes está a situação de rua, diretamente relacionada à desigualdade social e à contradição aos direitos humanos. Infelizmente, milhares de brasileiros enfrentam essa realidade. A maioria, nas cidades de regiões metropolitanas, os grandes centros urbanos. Embora existam leis de proteção às necessidades fundamentais à vida, observam-se ações públicas pouco efetivas para a resolução do problema. Entre as muitas cidades brasileiras, encontra-se Novo Hamburgo, pertencente a região metropolitana de Porto Alegre. As estatísticas apontam um significativo número de pessoas em situação de vulnerabilidade, contudo esse público recebe apoio temporário e insuficiente. Além de serem desprezados e julgados pela população, conjuntura que se repete em outros lugares e parece ter origem cultural. A fim de “limpar” a paisagem urbana, elementos arquitetônicos são estrategicamente empregados e medidas políticas adotadas para afastar os indivíduos de áreas nobres. Em crítica ao contexto histórico e invisível para a grande maioria, o trabalho busca provocar uma reflexão sobre a desigualdade social e a responsabilidade do poder público bem como da sociedade em promover qualidade de vida para todos. A partir de análises bibliográficas sobre características, histórico, estatísticas, legislação, movimento urbano e particularidades, é apresentada uma proposta arquitetônica de habitação e suporte social baseada nas reais necessidades do público-alvo, desenvolvida para a cidade de Novo Hamburgo.