Arquitetura e Urbanismo

A prática de manter animais em cativeiro é muito antiga. As coleções inicialmente eram particulares e representavam poder e grandeza. Com o passar dos anos, esses lugares foram abertos para exposição e entretenimento público, onde os espaços valorizados eram para o uso dos visitantes, os animais eram mantidos em pequenas jaulas geométricas, azulejadas e totalmente ao aposto de um habitat natural. O Parque Zoológico de Sapucaia do Sul foi inaugurado em 1962, com diversos recintos com grades e telas (padrão da época), mas atualmente, muitos desses recintos ainda permanecem nas antigas diretrizes. Embora os zoológicos sejam muito criticados, é improvável que esses deixem de existir, pois nossa fauna e flora estão sendo destruídas pelo homem. Dessa forma, os zoológicos podem ser um local de acolhimento a esses animais e também um local de conscientização ambiental aos seus visitantes. A presente pesquisa aponta e justifica que a educação ambiental é a única forma de reverter o cenário trágico em que se encontra nosso meio-ambiente. Tendo em vista o novo edital de concessão do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, essa seria uma oportunidade de revitalização do parque em diversos aspectos, tendo como foco principal a sensibilização e a orientação do visitante quanto a seu papel em frente ao atual cenário. As análises de projetos análogos e formais apontam alternativas de arquitetura para o projeto de revitalização, onde o respeito e o bem-estar animal são quesitos primordiais. A escolha do lote onde será edificado o Núcleo de Educação e Conservação Ambiental foi estrategicamente escolhido para recepcionar e orientar os visitantes quanto as práticas de conservação diária e sua presente postura durante a visita em frente aos animais. A partir de todas as condicionantes levantadas, é definido um estudo de um novo macrozoneamento para o parque e uma proposta volumétrica para o Núcleo de Educação e Conservação Ambiental, sendo esse o protagonista do projeto.