O conceito de votação é o processo formal de seleção de um ou mais indivíduos para ocupar cargos públicos além de aceitar ou rejeitar propostas políticas (BRITANNICA, 1999). Este conceito emerge na sociedade na antiga Atenas no período do império Sacro RomanoGermânico (962 – 1806) e vem evoluindo desde então. Existem diversas formas de votar, sendo o modelo tradicional com cédulas de papel o mais comum no mundo. No Brasil, desde 1996 existe o modelo de votação eletrônico, por meio das urnas eleitorais. Segundo LICHTLER (2004), baseado em RIERA (1999), uma forma de eleição segura deve possuir os seguintes princípios fundamentais: exatidão, democracia, privacidade e verificabilidade e a combinações destes produz os seguintes requisitos gerais: somente pessoas autorizadas podem votar, o voto não pode ser duplicado por si nem por terceiros, o voto deve ser secreto, o voto não pode ser alterado por si nem terceiros e deve existir um mecanismo de verificabilidade. Este trabalho tem como justificativa a intenção de traduzir em forma de software uma aplicação de votação eletrônica descentralizada através das tecnologias Blockchain e Smart Contracts, bem como demonstrar seus benefícios e desvantagens em comparação com os modelos tradicionais e digitais de votação atualmente postos. Também serão realizadas duas avaliações, sendo uma quantitativa para identificar se o modelo proposto consegue aumentar a participação popular nos pleitos eleitorais e uma qualitativa para identificar possíveis melhorias que o sistema possa vir a ter em futuras evoluções.