Esta pesquisa tem como objetivo destacar os figurinos que Greta Garbo usou
em quatro de seus filmes gravados na década de 20, em uma análise fílmica, para
que assim sejam aplicadas peças chaves da vilania, para transformar os figurinos de
Garbo em possíveis vilãs, as quais a mesma interpretaria. Para que isso aconteça é
necessário entender o vestuário dos anos 20, bem como as mudanças sociais
influenciadas pela Primeira Guerra Mundial. As mulheres passam a ser mais
independentes, trabalham fora e ganham seu próprio dinheiro e passam a consumilo.
(BRAGA, 2011). Para melhor entendimento, Greta Garbo e sua relação com o
cinema são contextualizados na história cinematográfica, com ênfase nos anos 20,
quando o mesmo passou por muitas evoluções, sendo a maior delas o cinema
falado. Onde em 1928 surgiu o primeiro filme totalmente falado. (KNIGHT 1970).
Também é nessa época que o fenômeno de star system toma mais força,
contribuindo para tornar Garbo uma estrela. Como serão estudados os figurinos
utilizados nos filmes, é relevante inserir a definição de figurino juntamente com a
função do figurinista. A presente monografia também pretende relatar a vida e obra
de Greta Garbo, que foi uma grande atriz do período estudado, com uma beleza que
encantava a todos. O objetivo do trabalho é transformar os figurinos que Garbo
utilizou nos filmes “A Carne e o Diabo”, “Rua das Lagrimas”, “A Dama Misteriosa” e
“Terra de Todos”, em figurinos que a atriz interpretaria possíveis vilãs. Para que isso
possa ser concretizado, salientaremos os principais elementos que caracterizam o
vestuário e o comportamento de uma vilã. Dando seguimento ao trabalho, faz-se
necessária a escolha de uma marca, a qual induzirá, junto com o tema, o projeto de
coleção. A marca escolhida foi Alexander McQueen, por possuir peças conceituais,
exagero, obscuridade, luxo, glamour, além de utilizar as cores preto e vermelho, que
também caracterizam a vilania.
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