A execução de sondagens geotécnicas é prática rotineira na construção civil, sendo recomendada pela NBR 6122 – Projeto e Execução de Fundações. Dentre as sondagens em solos mais executadas no território brasileiro encontra-se o Standard Penetration Test – SPT, apresentando usos no dimensionamento de fundações, estudos geotécnicos e ambientais, entre outros. Sendo a sondagem SPT um método direto, há necessidade de mobilização de equipes e equipamentos de médio porte, sendo que a sistemática da execução do ensaio (manual ou mecanizada) implica em maior tempo de execução à medida que a profundidade aumenta, o que pode gerar maiores custos. O resultado obtido no SPT é sempre pontual e específico do local investigado. Em contrapartida, a associação com métodos indiretos, principalmente métodos geofísicos elétricos e eletromagnéticos, que alcançam grandes profundidades, pode proporcionar a obtenção de dados complementares de forma menos onerosa e com maior rapidez. Desta forma, o presente estudo analisa a viabilidade técnica da obtenção de correlação entre dados de sondagem SPT e geofísica eletrorresistiva, avaliando a aplicabilidade do método indireto em substituição parcial ao método direto. Para tanto, se propõe a execução de estudo geofísico nos mesmos locais de execução de sondagens SPT, permitindo a obtenção da pseudo-seção geoelétrica do subsolo e comparação dos resultados inferidos quanto à faixa de resistividade com o perfil geotécnico mostrado pelo SPT, em especial quanto ao tipo e espessura das camadas de solo, além do índice de resistência a cada metro de profundidade. |