Historicamente, tanto o cartaz quanto a música foram meios pelos quais seus autores se manifestaram na busca por melhorias sociais. Nos anos 60, durante os chamados movimentos de contracultura como a subcultura hippie, cartazes ideológicos e a música rock and roll estavam diretamente ligados através de uma postura de oposição frente ao conservadorismo da sociedade. Novamente, nos anos 70, durante o movimento punk, contestação gráfica e música convergiram em um ativismo que se refletiu nos pôsteres, nas capas dos álbuns e nas letras das bandas. O tema deste trabalho estuda exatamente esta relação entre o cartaz ideológico e a música rock and roll pelos movimentos contraculturais hippie e punk. E diante da desvalorização deste estilo musical, o projeto tem como problema a contribuição para o resgate da música rock and roll através do desenvolvimento de uma série de cartazes ideológicos. Neste sentido, objetiva compreender o processo que consolidou a função de mobilização social desta mídia durante os movimentos hippie e punk, como base referencial para o desenvolvimento do projeto. Utilizando-se de etapas projetuais das metodologias de Munari (1997), Löbach (2001) e Bonsiepe (1984), quatro cartazes foram concebidos explorando a linguagem gráfica dos movimentos hippie e punk, e as letras de músicas inseridas neste contexto de pesquisa. As peças resultantes potencializam a relação entre o cartaz ideológico e a música rock and roll enquanto manifestações contraculturais, ao tratar de temas pertinentes à realidade brasileira pelas letras de artistas notórios, contribuindo para o resgate do estilo musical ao demonstrar a atualidade de seu conteúdo crítico. |