Engenharia Química

No mundo existem diferentes tipos de tratamento de água para abastecimento público, mas a dificuldade de eliminação dos compostos orgânicos, encontrados nos fármacos, é quase unânime. Os tratamentos convencionais não conseguem eliminar ou degradar os resíduos desses fármacos nas estações de tratamento. Entre eles, está o hormônio sintético 17α-etinilestradiol (EE2), caracterizado como disruptor endócrino, pois causa alterações no sistema endócrino dos seres vivos. Ele é o principal componente encontrado nos medicamentos contraceptivos, e está diariamente sendo excretado pelos seres humanos nos esgotos domésticos, mas a contaminação também se dá através dos efluentes de indústrias farmacêuticas, efluentes rurais, e até mesmo pelo descarte inadequado dos fármacos. Pela necessidade da aplicação de tratamentos alternativos nas águas, surgiram os processos oxidativos avançados (POAs). Eles têm tido maior eficiência na degradação de hormônios e, dentre eles, pode-se destacar o uso da fotoeletrooxidação (FEO) que permite a degradação total ou parcial de contaminantes, incluindo os hormônios. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência da fotoeletrooxidação na degradação do EE2. Os ensaios de FEO foram realizados por um reator fotoeletroquímico em batelada, aplicando densidades de corrente de 2 mA cm-2 e 4,2 mA cm-2, usando como fonte de irradiação UV, uma lâmpada de vapor de mercúrio de 400 W. Uma amostra sintética contendo 10 mg L-1 de EE2 foi exposta às condições citadas durante 1h, 2h, 3h e 8h. Para avaliar a eficiência da degradação do hormônio, foram realizadas análises da demanda química de oxigênio, carbono orgânico total, leituras em espectrofotômetro de UV e análises cromatográficas utilizando um cromatógrafo gasoso acoplado a espectrofotômetro de massas (GC/MS). Os resultaram obtidos confirmam a eficiência do processo de FEO na degradação de 17α-etinilestradiol. O teste utilizando a densidade de corrente de e 4,2 mA cm-2, durante 8 horas, se mostrou mais eficiente.