Engenharia Química

Na indústria coureira, atualmente os sais de cromo constituem os compostos curtentes mais utilizados, pois resultam na produção de couros com características superiores quando comparadas a outros produzidos com os demais tipos de curtentes. A temperatura de encolhimento obtida neste processo é superior a 100 ºC e suas resistências físico-mecânicas atendem aos mercados mais exigentes, como as dos setores automotivo e moveleiro. Porém, o cromo é um elemento extremamente prejudicial para a saúde e o meio ambiente, fazendo com que seja constante a busca por curtentes que atuem como uma alternativa a este sal e que se aproximem ao máximo das características proporcionadas ao couro pelo mesmo. Dentre as alternativas, os taninos vegetais são curtentes que além de causarem um impacto ambiental mais atenuado em comparação aos demais, tais como, oxazolidina e glutaraldeído, também não são prejudiciais à saúde. Porém, seu desempenho é inferior se comparado ao cromo: possui custo mais elevado, e as características físico-químicas e físico-mecânicas proporcionadas aos couros são inferiores. Enquanto que a temperatura de retração de couros curtidos ao cromo alcança 100 ºC, os couros curtidos com taninos vegetais alcançam entre 70 e 80 ºC. Esta diferença influencia diretamente no resultado final do couro acabado, inviabilizando muitas vezes a utilização do tanino em determinadas aplicações. Por isso, a combinação de um tanino com um metal pode se aproximar dos resultados obtidos com sais de cromo. Neste trabalho será desenvolvido um curtimento híbrido à base de tanino vegetal e alumínio visando resistir a uma temperatura de encolhimento em torno de 100 ºC e que tenha características físico-mecânicas mais próximas de um couro curtido ao cromo do que qualquer outro tipo de curtimento.