Engenharia Química

A gasolina automotiva possui diolefinas e alquenilaromáticos que são compostos muito instáveis e que podem formar gomas por polimerização, gerando depósitos em todo sistema de combustível, reduzindo a eficiência do automóvel. Dentre os diversos itens de especificação da gasolina automotiva que a Agência Nacional do Petróleo exige, o período de indução (PI) simula o tempo que a gasolina é capaz de suportar ao armazenamento, sem que ocorra a oxidação e formação da indesejável goma. Na indústria petroquímica, a gasolina automotiva é formulada com C9 de pirólise, sendo dosado antioxidante para estabilização. O C9 de pirólise é uma corrente formada por uma mistura de hidrocarbonetos de oito a doze carbonos, estabilizada por um estágio de hidrogenação, possuindo, ainda, uma grande quantidade de compostos com ligações duplas, que conferem uma octanagem elevada. Por sua vez, o antioxidante é o insumo de maior valor entre os insumos utilizados no processo de líquidos da Unidade de Aromáticos, e o seu controle depende da análise do período de indução, que leva no mínimo 6 horas para apresentar o resultado, tornando o controle da dosagem muito precário e com pouca agilidade. O presente trabalho visa propor uma alternativa analítica, através da técnica de cromatografia gasosa, para a determinação do residual de antioxidante e estabelecer a correlação entre este resultado e a análise de período de indução, tornando o controle do processo mais ágil e eficiente.