Engenharia Química

A importância do mercado mundial de tintas é muitas vezes negligenciada numa primeira análise. No entanto, a grande maioria dos produtos manufaturados necessitam de algum tipo de tinta, seja por motivos decorativos ou para a proteção. No Brasil, em 2015, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas estima um faturamento líquido de R$ 10,17 bilhões, com um volume de 1,32 bilhões de litros produzidos. O ramo de tintas industriais participa desta soma em 21,8% do faturamento e 12,5% do volume, excluindo-se desses valores o setor de tintas automotivas. Dentre os diversos tipos de tintas, estão as tintas alquídicas, que tem como seus componentes a resina, que pode ser alquídica pura ou modificada com outra variedade de polímero; o solvente, que são compostos orgânicos ou água, que servem como veículo; pigmentos, sendo orgânicos ou inorgânicos, com a finalidade de adicionar propriedades e/ou reduzir custos, e, por fim, aditivos, que buscam melhorar características da tinta, dentre eles os secantes. A resina base, a alquídica, é o tipo de resina mais antigo a ser produzido em escala industrial, sendo constituída de um poli álcool, um poli ácido e um óleo ou ácido graxo. Seu mecanismo de secagem é a oxidação das insaturações do óleo ou ácido graxo e, para que esta aconteça em tempo hábil, é necessária a adição de aditivos que catalisem esta oxidação, conhecidos como secantes. Os secantes são normalmente baseados em sais orgânicos de metais como o ferro, cobalto, chumbo, zircônio e bário, e a sua otimização, tanto ao conjunto de metais utilizado quanto à sua concentração, é fundamental para a criação de uma tinta balanceada e economicamente viável. Este trabalho tem como objetivo estudar as influências resultantes na variação da composição e concentração de diferentes secantes em uma tinta alquídica, avaliadas através das propriedades físicas e químicas finais.