Engenharia Química

O oxigênio dissolvido na água causa alguns problemas em sistemas industriais, como é o caso da corrosão puntiforme. Este tipo de corrosão é uma das principais causas de deterioração em caldeiras, reduzindo a espessura das superfícies sujeitas à pressão e a eficiência de transferência de calor. Consequentemente, a desoxigenação é um passo necessário para as indústrias, as quais podem realizá-lo, principalmente, pelo método químico, através de sequestrantes de oxigênio. O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de sequestrantes de oxigênio no tratamento de água de alimentação de caldeira (água de permeado). Para realizar esta avaliação, foram feitos pré-testes com sulfito de sódio, carbohidrazida e metil-etil-cetoxima, com água deionizada, para definir a dosagem ideal de sequestrante para remover a mesma quantidade de oxigênio dissolvido. Após, foram realizados testes com os sequestrantes citados utilizando a água de alimentação de uma caldeira industrial. Ambos, pré-testes e testes, foram realizados em escala laboratorial. Como resultados obteve-se que não foi possível realizar a análise de oxigênio dissolvido com o sequestrante sulfito de sódio, pelo Método Winkler e que este sequestrante é o mais viável, através de estequiometria, por ser comercializado com maior concentração, com o preço de R$ 35.157,50, para o ano de 2016, sendo 59,17% mais econômico do que a carbohidrazida e 77,25% mais econômico do que a metil-etil-cetoxima. A partir dos resultados experimentais, obteve-se para a mesma quantidade de oxigênio dissolvido, 80,50% de remoção utilizando carbohidrazida e 21,86% com a utilização de metil-etil-cetoxima. Para ano de 2016, em uma situação hipotética, o preço total de carbohidrazida seria de R$ 69.003,51 e o preço de metil-etil-cetoxima igual a R$ 124.487,96, isto é, a carbohidrazida seria 44,57% mais econômica do que o outro sequestrante.