Engenharia Química

O óleo de mamona, também conhecido como óleo de rícino, é uma importante matéria prima para a indústria química, sendo usada em diversos setores da indústria, como tintas, vernizes, cosméticos, lubrificantes, plásticos, entre outros (VISWANATH et al., 2016). O óleo de rícino é composto prioritariamente (90%) por um único ácido graxo: o ácido ricinoleico. Este ácido graxo possui uma cadeia com 18 carbonos, contendo na estrutura uma única insaturação e uma hidroxila, que o torna solúvel em álcoois e permite uma série de transformações químicas. Esta característica é o que torna este óleo tão diferente dos demais óleos vegetais (VISWANATH et al., 2016). Na indústria de tintas e vernizes, o óleo de mamona é usado na forma desidratada. O processo de desidratação consiste em remover a hidroxila da cadeia, gerando uma nova insaturação, formando o ácido linoleico, que passa a ser o principal ácido graxo. (MBITU, 2013) O ácido linoleico contém duas ligações duplas, que podem ser conjugadas ou não. Quanto maior o grau de conjugação, mais reativo torna-se o óleo, dificultando seu processamento, pois sofre polimerização térmica quando submetido a temperaturas elevadas, acima de 200°C (MELLO, 2011). O estudo desta polimerização térmica é o alvo deste trabalho, e busca entender as transformações que ocorrem na estrutura química do óleo quando submetidos a temperaturas típicas de esterificação de resinas alquídicas (220 a 240°C), avaliando as alterações nas características físicas e químicas da molécula, e as concentrações dos principais ácidos graxos presente na amostra.