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Atualmente debate-se com grande intensidade sobre as minorias, o que valoriza, engrandece e completa a sociedade como um todo. Porém, analisando sobre os temas discutidos e as defesas criadas pelas minorias, percebe-se que pouco se verbaliza sobre os povos originários. Santilli (2000) alerta sobre esse descaso por parte da sociedade não-indígena, que persiste há mais de 500 anos. Neste cenário, resolveu-se analisar, compreender e pesquisar sobre o tema, com objetivo de, através de uma identificação de problema, buscar possíveis soluções e melhorias. Através do estudo foi possível compreender mais sobre o contexto, abordando desde os seus primeiros registros, sua luta por direitos até a forma como a sociedade não reconhece seus valores, desconhecendo sua cultura e, principalmente, desconsiderando que são os povos originários do país. A etnia estudada foi a Kaingang, com foco na comunidade Por Fi Gã, localizada em São Leopoldo/RS. Participou-se de pesquisas e com essa imersão e melhor compreensão sobre a comunidade, realizou-se também uma pesquisa com não-indígenas, identificando o nível de conhecimento sobre o assunto, buscando entender a compreensão em relação à cultura indígena e identificação de lacunas. Os processos utilizados para o projeto basearam-se na metodologia de Santos (2005), complementada pelos métodos de Bonsiepe (1984), Munari (2008), Baxter (2005), Löbach (2001), Jordan (2000), Peon (2009), Kumar (2012) e Strunck (2012). O projeto voltou-se para o objetivo de desenvolver uma relação melhor entre indígena e não-indígena, com foco na venda de artesanatos, fazendo com que a cultura seja difundida e fortalecendo assim a fonte de renda da comunidade. Durante o projeto preservou-se o espaço de fala da comunidade, aplicando a linguagem urbana apenas para ligações diretas com o público-final.