Engenharia Química

A procura por produtos naturais é cada vez maior e uma realidade presente nos mais diversos mercados, principalmente relacionados à alimentação, itens de beleza e cuidados pessoais. Sendo assim esses setores da indústria têm buscado alternativas ao uso de componentes sintéticos em suas formulações. O uso de antocianinas vem a ser uma opção muito interessante, visto que são pigmentos que apresentam elevada propriedade de coloração, cujo espectro varia entre vermelho e azul, além de possuírem atividade antioxidante. Estas estão presentes em abundância em frutas, folhas e flores, tais como a casca da uva. A indústria de vinhos e sucos gera um grande volume de resíduos, sendo estes compostos principalmente pelas cascas e as sementes das uvas, que são ricas em antocianinas. Algumas vinícolas de pequeno e médio porte ainda consideram este subproduto como resíduo de baixo valor, sendo utilizado como adubo orgânico e em ração animal. Visando um melhor aproveitamento deste resíduo, aliado às necessidades do mercado, surgiu o presente tema. Já são de conhecimento, pesquisas que visam a aplicação desse tipo de pigmento na produção de corantes naturais alimentícios, mas poucos estudos foram encontrados quanto a sua aplicação na indústria cosmética. Este trabalho visa extrair as antocianinas do resíduo de vinificação da Uva Isabel (Vitis Labrusca) e avaliá-lo visando seu uso como pigmento natural em cosméticos. Para aumentar a estabilidade das antocianinas, e obter-se o pigmento em pó, após a extração será realizada a microencapsulação com agente carreador amido, através da técnica de Spray Drying. A partir do estudo que será realizado é esperado alcançar um pigmento com coloração e características satisfatórias, que possa vir a ser utilizado em cosmético, o que será verificado através de ensaios físicos e químicos.