Sistemas de Informação

A adoção das práticas do Scrum pode ser difícil, devido ao tipo do projeto, ao perfil dos membros do time e stakeholders, ou então à cultura da organização em que a equipe está inserida. No mercado, corre-se o risco de times interromperem o ciclo de adoção de novas práticas ágeis por imaginarem que atingiram o patamar desejado de agilidade. Neste contexto, os modelos de maturidade ganham espaço para avaliação do processo atual da equipe, permitindo a identificação de melhorias no método de trabalho do time. Contudo, o viés flexível do framework do Scrum exige um modelo de maturidade que possa ser mais abrangente em relação aos tradicionais CMMI-DEV e MPS.BR. Dado o critério de flexibilidade do modelo, foi empregada a metodologia da Engenharia de Software Baseada em Evidências para desenvolver e experimentar uma técnica de apoio ao Time Scrum na concepção do seu modelo de maturidade. A busca por evidências no Guia do Scrum revelou uma biblioteca de práticas do framework, a partir da qual originaram-se cards físicos. Ainda, aplicando os conceitos das etapas da cerimônia da Sprint Retrospective, foi desenvolvida a técnica de apoio ao Time Scrum na elaboração do modelo de maturidade. A partir da experimentação desta proposta, através de um estudo de caso múltiplo, concluiu-se o atendimento parcial das proposições norteadoras da pesquisa. Além da técnica proposta, a biblioteca de elementos do framework do Scrum e a flexibilidade na definição dos níveis de maturidade do modelo são consideradas como contribuições da pesquisa.