Engenharia Química

O trabalho em questão testou diferentes formulações de filmes poliméricos comestíveis em uvas, para aumento do tempo de prateleira, tanto nos frutos destinados ao consumo in natura como para a produção de vinhos. A uva é um fruto que possui muitos benefícios à saúde, quando consumidas. Porém, alguns cuidados pós-colheita devem ser atentados, tal como transporte, higienização, conservação e acondicionamento para comercialização com valor agregado. Após a colheita da uva, inicia-se o processo de depreciação e queda na qualidade da mesma. Como consequência, ocorre a desidratação das bagas, presença de fungos e mofo cinzento, aparecimento de manchas escuras e pontos de apodrecimento. Já, no caso em que se utilizam o fruto para produção de vinho, a conservação do mesmo interfere diretamente no grau de qualidade do produto final. No intuito de preservar a uva durante maior tempo, tanto em prateleira como para produção de vinhos, aplicou-se formulação de 2,5% dos polímeros biodegradáveis comestíveis, tal como gelatina, amido e blenda, na proporção de 1:1. Aplicou-se a blenda no intuito de ampliar as vantagens de uso, se comparado aos polímeros puros. A aplicação foi realizada por imersão após a colheita e por spray, com os cachos ainda na videira, em parceria com a Vinícola Garibaldi. Avaliou-se a eficiência dos filmes através do princípio teórico de que o filme polimérico comestível seria um atuante funcional. Assim, manteria e preservaria, tanto o aspecto visual como o valor nutricional, reduzindo os fenômenos de transporte existentes na superfície da uva. Conclui-se que, com base em todas as análises realizadas, o recobrimento que apresentou resultados satisfatórios na maioria delas, foi o de imersão dos cachos de uva em solução de gelatina. Posteriormente, o processo de imersão e spray da blenda e, na mesma sequência, o processo de imersão em solução de amido. Ainda que, a aplicação por spray garante maior agilidade no processo, mas necessita de maior aprimoramento.