Engenharia Química

No Brasil aproximadamente 11,7% dos nascidos vivos são prematuros, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Considera-se prematuro o nascimento antes das 37 semanas, sendo que as principais complicações para os bebês nesta situação são as respiratórias, cardíacas e intestinais. Para diminuir o risco de complicações e sequelas, ao nascer estes bebês são encaminhados para as Unidades de Terapia Neonatal Intensiva (UTI Neonatal). A Sociedade Brasileira de Pediatria informa que a principal recomendação para o bebê prematuro é o aleitamento materno, que proporciona benefícios nutricionais, imunológicos, acelerado ganho de peso, curvas de crescimento mais adequadas e menor período de internação. Porém o bebê de UTI Neonatal não mama no peito, ou seja, não estimula o seio da mãe para a produção do leite. O Ministério da Saúde informa que 40% dos bebês nesta situação precisam de leite materno provenientes de doação que são coletados e distribuídos pelos bancos de leite. No Brasil existem 150 pontos de coleta e mais de 200 bancos de leite. O leite materno doado é entregue congelado pela doadora. O mesmo é pasteurizado nos bancos de leite, passa pelo controle de qualidade, volta a ser congelado e então pode ser distribuído. A validade deste leite é de 3 meses. A transformação do leite materno em pó após a pasteurização proporcionaria vantagens na armazenagem e transporte, pois o gasto energético seria menor, além de aumentar o prazo de validade do mesmo. O presente estudo tem como objetivo transformar o leite materno em pó através do processo de liofilização, e comparar o mesmo com o leite materno in natura, no âmbito químico, físico e biológico. Além disto, a comparação com as fórmulas artificiais para bebês será realizada, com a finalidade de verificar as principais diferenças entre ambos.