Engenharia Mecânica

O mercado de facas artesanais está em pleno crescimento, segundo o IBGE até 2020, o Brasil possuía 2300 cuteleiros registrados (IBGE, 2020), e movimentava cerca de 10 milhões de reais por ano. Em um ambiente tão concorrido, além da criatividade para confeccionar peças únicas, é necessário que a lâmina resista a desgastes e deformações, e por isso o cuteleiro lança mão do tratamento térmico. Esse processo causa alterações na microestrutura do aço utilizado no forjamento e aumenta a sua dureza, influenciando assim na vida útil da ferramenta. O presente trabalho tem o objetivo de analisar o tratamento térmico desenvolvido na confecção artesanal de facas por um cuteleiro semiprofissional, localizado em Nova Hartz situada na região metropolitana de Porto Alegre, por meio da avaliação de propriedades mecânicas. Para tanto, serão coletadas amostras do aço com e sem o tratamento e feitos testes de dureza, resistência à tração, de impacto e metalografia para comparar as microestruturas formadas. Pretende-se com esse trabalho verificar a eficácia do processo e, se necessário, identificar possíveis melhorias.