Arquitetura e Urbanismo

Trabalho Final de Graduação - TFG
Título:Casa ALICE
Aluno:ANA CLAUDIA SALIM DAL CASTEL
Semestre:2017/01
Situação:Concluido
Áreas de interesse:Não informado
Orientador:TIAGO BALEM
Avaliadores:ADRIANA TERESINHA DA SILVA DUTRA, DANIEL PITTA FISCHMANN, JULIANO CALDAS DE VASCONCELLOS
Documentos:Painel Final, Painel Intermediário, Pesquisa
Palavras-chave:ONG, comunicação
Resumo:

O interesse por desenvolver a Sede da ONG ALICE – Agência Livre para Informação, Cidadania e educação - surgiu através do filme “Boca de Rua: Vozes de uma gente invisível”. Nele é retratada a realidade do “Jornal Boca de Rua”, primeiro projeto desenvolvido pela ONG. Trata-se de uma publicação feita e vendida por pessoas em situação de rua que o produzem integralmente. O projeto existe desde agosto de 2000 e se mantem até os dias atuais ininterruptamente. O jornal se utiliza de uma fonte de informação não convencional, traz à tona uma realidade diferente da retratada pela grande mídia, dando espaço para outras versões dos acontecimentos. É um jornalismo que tem como principal objetivo transformar a vida das pessoas, tanto dos participantes, quanto dos leitores. É definido no filme como “jornalismo da transformação” (RUA, 2013). A ALICE possui vários outros projetos além do Boca de Rua, que envolvem pessoas de todas as idades: crianças, jovens, adultos e idosos. Atualmente a ONG não possui uma sede que comporte todos os trabalhos e, por isso, se utiliza de locais públicos para realizar os encontros e desenvolver o material dos projetos, principalmente o Boca de Rua e o Boquinha, os quais serão detalhados na capítulo seguinte. Desta forma, o fato de não possuir uma sede com espaço adequado acaba limitando o trabalho dos participantes ou a possibilidade de realizar outros tipos de ações e projetos. Segundo a coordenadora-geral da ALICE, jornalista Rosina Duarte, a ALICE também é uma sem-teto e quer uma sede. Em 2011, foi realizada uma sessão na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, onde Rosina solicitou o apoio dos vereadores para que a entidade obtenha uma sede própria. Segundo ela o local deve ser aberto à comunidade: “Será, principalmente, um espaço de convivência, para que todos possam sentar juntos, sem rótulos” (PORTO ALEGRE, 2011). Por se tratar de uma iniciativa que tem sua eficiência comprovada pelo reconhecimento obtido através de premiações nacionais e internacionais, e através do volume de projetos desenvolvidos no tempo em que atua, acredita-se que essa ONG pode ser ainda mais reconhecida e ter mais oportunidades de trabalho caso tenha um lugar próprio. Considera-se importante também o fato do trabalho da ALICE trazer resultados efetivos com os participantes que por ali passaram e não retornaram a situação de rua conforme apresentado pela coordenadora: “Até o ano de 2013 foram contabilizadas 135 pessoas que passaram pelo Jornal Boca de Rua e cerca de 70 não voltaram à situação”. Tal fato evidencia a importância da ALICE e dos projetos por ela desenvolvidos para a sociedade.

Link biblioteca:https://biblioteca.feevale.br/Vinculo2/00001c/00001c93.pdf

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